Economia circular: Panana, o bolo do Continente (Portugal)

A economia circular já é uma prática nos distribuidores europeus, como o hipermercado Continente, que transforma bananas sem valor comercial em bolos.

A economia circular[1] jà não é mais um conceito estratégico, jà começa a ser uma prática nos distribuidores europeus.

Exemplo disso é o Panana, o bolo de banana fabricado e vendido pelos hipermercados Continente (Grupo Sonae – Portugal).

"Feita da quebra de banana, o Panana é uma solução de economia circular que dá nova vida a estas frutas que perderam seu valor comercial. De textura húmida e um sabor característico a banana, o Panana do Continente surge do reaproveitamento de excedentes alimentares de suas lojas, que dão origem a mais produto da gama de economia circular Continente."

Não desmerecendo o Panana, muito menos a iniciativa do Continente, que o o reaproveitamento de restos e de não vendidos sempre existiu mas não se tinha a noção do conceito de economia circular, e nem da noção de sustentabilidade e economia de recursos. O famoso "croissant aux amendes" (croissant com amêndoas) é feito com croissants do dia anterior, recheado com creme que sobrou também no dia anterior (não obrigatoriamente) e amêndoas. Toda e qualquer transformação de alimentos que lhe dê nova "vida" e evite jogá-lo no lixo é indiretamente uma ação que se encaixa no conceito de economia circular.

O importante no conceito e prática da economia circular é não originar lixo, ou seja tudo deve ser aproveitado, reaproveitado, transformado, e utilizado.

O Mercadona, rede de supermercados espanhola, sem utilizar o termo "economia circular" há mais de 15 anos trabalha com o reaproveitamento das frutas que não são vendidas, transformando-as antes que se tornem impróprias para o consumo em frutas picadas ou sucos de frutas.

Por uma questão econômica, social, ambiental ou sustentável, o importante é não jogar no lixo.

Parabéns ao Continente !

[1] Conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. Substituindo o conceito de fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos circulares de reutilização, restauração e  renovação, num processo integrado, a economia circular é vista como um elemento chave para promover a dissociação entre o crescimento económico e o aumento no consumo de recursos, relação até aqui vista como inexorável. (https://eco.nomia.pt/pt/economia-circular/estrategias)