Há poucos dias, o OmicronPRGroup publicou, como vem fazendo desde 2012, seu relatório “O poder da autenticidade”, mede o “gap de autenticidade”, ou seja, a distância entre o que as marcas dizem sobre si mesmas e o que esperam de seus principais consumidores.
O estudo de autenticidade é realizado analisando nove fatores que moldam as crenças e percepções do consumidor: valor agregado, atendimento ao cliente, inovação, funcionários, impacto social, cuidado com o meio ambiente, gestão ética, resultados sustentáveis e comunicação confiável.
Aspectos ambientais, distribuição justa dos lucros empresariais e condições de trabalho definem em maior medida as lacunas encontradas em alguns setores empresariais.
O relatório sugere que a análise destes riscos a médio e longo prazo é um vetor chave para a reputação, uma vez que permite não só melhorar as estratégias de negócio, como também analisar o estado da comunicação da empresa em cada aspeto de forma a ajudar a reduzir as lacunas de autenticidade identificadas.
A pandemia, como não poderia deixar de ser, tem tido um impacto acelerado na procura das marcas e na forma como se posicionam perante o público. Segundo o relatório, se antes da pandemia o peso da autenticidade repousava em seu comportamento e impacto na sociedade, agora os consumidores informados colocam o atendimento ao consumidor e a percepção dos benefícios dos bens ou serviços oferecidos como parâmetro de peso, deixando o impacto social e gestão de negócios em segundo plano.
Medir a autenticidade requer a criação de uma história transversal que reúna empresa, produto e comunicação interna e transfira esses valores para tornar visível sua contribuição social e seu impacto no bem-estar do consumidor e agir de maneira coerente com o que é dito em todos os pontos de contacto e canais onde está presente.
No entanto, os consumidores continuam a exigir estratégias, histórias e mensagens adaptadas e individualizadas para demonstrar o seu verdadeiro contributo para o bem-estar e desenvolvimento da sociedade.
O relatório de 2022 coloca os profissionais das empresas como o primeiro público de referência para qualquer estratégia de negócios, por serem considerados um dos pilares para o alcance dos resultados empresariais.
Por sua vez, a sustentabilidade continua sendo um aspecto altamente internalizado na sociedade e, por isso, onde há uma pequena lacuna, os consumidores exigem maior comprometimento das empresas.
Da mesma forma, há uma demanda para continuar abrindo canais de comunicação e atenção direta com seus consumidores, bem como maior comprometimento, visibilidade e políticas mais ambiciosas.
Fonte: “O poder da autenticidade”,
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