As alterações climáticas são mais do que um problema ambiental, apresentam-se como uma das maiores ameaças à segurança global.
Não será a primeira vez que a humanidade terá que lutar por terra, água e outros recursos. Mas desta vez será em uma escala maior que não pode ser comparada ao que acontecia na antiguidade. Foi uma das conclusões, em 2007, em uma das reuniões do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o representante francês declarou “uma das principais ameaças ao futuro da humanidade” referindo-se às alterações climáticas.
O representante de Papua Guiné mencionou que os perigos enfrentados pelos pequenos Estados insulares e suas populações não são menos graves do que os dos povos ameaçados pela guerra.
A escassez de água, energia, terras aráveis e outros recursos pode significar o desaparecimento de códigos de conduta estabelecidos e até conflitos abertos. O secretário-geral da ONU alertou os Estados-Membros para se concentrarem mais claramente nos benefícios de uma ação rápida e precoce.
O clima cada vez mais instável não é mais visto como uma questão primordialmente ambiental ou econômica.
Nos últimos anos, a ameaça que enfrentamos aumentou muito em escala e se tornou mais acentuada.
Evidências científicas têm confirmado nossos piores temores sobre o impacto físico que estamos enfrentando.
Está ficando cada vez mais claro que a mudança climática tem consequências que afetam questões fundamentais de segurança: inundações, doenças, fome causando migração em uma escala sem precedentes em áreas já sob grande estresse.
Um desastre social e econômico previsto, em 2006, pelo relatório “Sterm review on the economics of climate change” não visto desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Mas, como sempre, os primeiros afetados serão os mais vulneráveis e os menos capazes de lidar com o impacto. Não se trata de escolher, sem um clima estável a pobreza está assegurada.
O relatório do Conselho Consultivo Militar dos Estados Unidos anuncia categoricamente que é um “multiplicador de ameaças à estabilidade em uma das regiões já mais voláteis do mundo”.
À medida que nos propusemos a construir uma economia global de baixo carbono, as decisões que tomamos e as ações que tomamos serão mais decisivas e eficazes se tivermos o melhor entendimento de todas as implicações e todos os envolvidos.
Imagem: SD-Pictures