Consommateur
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2020

A classificação dos alimentos na França.

A classificação de alimentos em grupos e subgrupos é importante para a saúde pública. Saiba mais sobre essa categorização e seus objetivos.

É convencional agrupar na mesma “categoria” alimentos que tenham uma relação bioquímica, uma composição nutritiva semelhante ou métodos de produção semelhantes.

No jargão dos nutricionistas e médicos se diz « grupo de alimentos » e esta classificação ajuda bastante para compor cardápios, orientar pacientes e principalmente promover a consumo adequado de  alimentos no âmbito da saúde pública.

Em um parecer e relatório de dezembro de 2016, a ANSES (Agencia Nacional de Segurança Sanitária dos alimentos, do meio ambiente e do trabalho) propôs uma categorização de alimentos em grupos e subgrupos para atualizar os grupos de alimentos (categorias de alimentos), estabelecidos em 2001 pelo Programa Nacional Nutrição e Saúde (PNNS). O trabalho da ANSES atualiza a base científica para estabelecer objetivos de saúde pública em nutrição na França.

O objetivo do ANSES neste trabalho, era formar famílias com composição nutricional homogênea e / ou respeitando os hábitos de consumo. Mil e trezentos e quarenta e dois alimentos foram classificados em 32 subgrupos, divididos em 10 grupos de alimentos.

Essa categorização responde à solicitação quanto ao posicionamento de certos alimentos nos grupos atualmente utilizados nos parâmetros de referência do PNNS para consumo alimentar, como o milho doce, frutas secas ou oleaginosas.

Pratos compostos, como refeições prontas (paella, lasanha, tortas salgadas, etc.), sanduíches (sanduíche de baguete, hambúrgueres, etc.) ou certas sobremesas (pudim de arroz, etc.), não foram considerados como um grupo como tal, mas como uma soma de alimentos pertencentes a diferentes grupos.

Os alimentos passaram a ser categorizados em 7 grupos :

  • legumes, verduras e frutas;
  • cereais e derivados, bata e leguminosas secas;
  • leite e produtos lácteos,
  • carnes e aves, peixes e produtos da pesca, ovos;
  • gorduras
  • açúcares e produtos açucarados,
  • bebidas.

o As “bebidas” são divididas em “água” e “bebidas açucaradas”

o Sucos de frutas passaram do grupo “frutas e vegetais” para “bebidas açucaradas”.

o As “leguminosas” foram removidas dos alimentos ricos em amido para formar um subgrupo separado.

o Dentro das “gorduras adicionadas”, é feita uma distinção entre óleos ricos em ALA (ômega 3) e óleos com baixo teor de ALA, separados em 2 subgrupos.

Para cada grupo de alimentos é atribuída uma cor :

– Verde para legumes, verduras e frutas ;

– Marrom para cerais e derivados e leguminosas ;

– Azul para leite e produtos lácteos;

– Vermelho para carnes, aves, peixe, produtos da pesca e ovos ;

– Amarelo para gorduras ;

– Rosa claro para açúcares e produtos açucarados ;

– Cinza claro para bebidas.

É muito didático utilizar as cores para relacionar aos alimentos nas prateleiras dos supermercados e com o corpo humano.

Carnes costumam ser avermelhadas, e o sangue, tecidos, órgãos,  e músculos do nosso corpo são avermelhados ; as gorduras e óleos são amareladas nas prateleiras e no nosso corpo ; o verde nos remete ao campo, à natureza, à saúde… e assim por diante, podemos brincar bastante com as cores para ajudar pacientes, clientes e funcionários para aprenderem a manejar os alimentos e o consumo dos mesmos de maneira lúdica e gostosa.

Fontes:

1. Actualisation des repères du PNNS : révision des repères de consommations alimentaires Avis de l’Anses Rapport d’expertise collective. Edition Scientifique, Décembre 2016.

2.Imagem: Bien dans mon assiete. Manger bourger.