Comunicação
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2024

A desinformação afeta o prato de todos

A Comissão Científica da Mercadona, composta por cientistas independentes que prestam apoio técnico à empresa com o objetivo de garantir a máxima qualidade com segurança alimentar, se reuniu, em outubro de 2024, com o objetivo de abordar a avaliação, gestão e comunicação de riscos em termos de segurança alimentar .

Se por um lado o infindável aumento da quantidade de informações sobre alimentos, alimentação e nutrição ( e não só! ) corrobora com a cacofonia e deixa o consumidor perdido e mais vulnerável a todo e qualquer tipo de mensagem, mais suscetível à desinformação. Por outro lado, o problema da desinformação tem colocado os consumidores cada vez mais em risco. 

Riscos estes em longo, médio e curto prazo. A curto prazo os riscos de ingestão de alimentos impróprios para o consumo, com prazo de validade vencido, “caseiros”, artesanais… Um alimento “caseiro” sem “controle” dos ingredientes, dos processos, do armazenamento e do transporte pode ser muito perigoso. Um alimento sem certos conservantes pode ser mais perigoso em curto prazo. 

A questão da desinformação preocupa os comités científicos do setor da distribuição que também têm que lidar com a escolha e o comportamento do consumidor. 

A Comissão Científica da Mercadona, composta por cientistas independentes que prestam apoio técnico à empresa com o objetivo de garantir a máxima qualidade com segurança alimentar, se reuniu, em outubro de 2024, com o objetivo de abordar a avaliação, gestão e comunicação de riscos em termos de segurança alimentar .

Foram discutidos os efeitos da desinformação em segurança alimentar para o consumidor, como informar sobre os riscos, os mitos e realidades que os rodeiam e a importância do rigor, da veracidade e da transparência da informação, entre outros temas de interesse.

A grande discussão foi sobre “a necessidade de o setor privado e as Administrações Públicas colaborarem, “como envolvidos”, no combate à desinformação.”

Também foi mencionado que “é fácil desinformar, misturando informações reais, num ambiente manipulado. Atualmente há muita informação pública, que reflete os principais pontos em que a gestão da produção alimentar deve ser melhorada”, e que “notícias falsas vendem medo e consumidor assustado é consumidor fácil de enganar”.

Outro ponto de destaque da discussão foi que “vivemos rodeados pelo que hoje se chama de notícias falsas. Eles estão presentes em todas as facetas da nossa vida e a alimentação não fica de fora. É hora de todos nós que realmente investigamos esta área do conhecimento todos os dias nos apresentarmos, desmontarmos essas farsas com argumentos científicos e, acima de tudo, explicarmos à sociedade o que estamos fazendo”, segundo Daniel Ramón, doutor em Ciências Biológicas. 

“Com este encontro, a empresa avança na forma de abordar eficazmente a comunicação de riscos, o que é de especial relevância na formação dos consumidores para que tenham informação verdadeira, com base científica, transparente para o consumidor e sem preconceitos, que não incentive o alarmismo ou excesso de confiança em questões de segurança alimentar”, concluiu Angels Millán, diretor do Comitê Científico da Mercadona na Espanha.

Além de ser muito importante que o setor privado se interesse, se preocupe e trabalhe com a questão da desinformação no setor agroalimentar, nota-se que ainda estamos na fase dos discursos, numa espécie de “inação” e a grande questão é: como agir para conscientizar e proteger o consumidor deste tipo de fenômeno?

Imagem: Freepik

Fonte: Interempresas