10
.
12
.
2020

Comunicar para todos – Guia de informação accessível

A “Assurance Maladie” (Segurança Social Francesa) lançou um guia para ajudar a comunicar de forma mais acessível com os assegurados e simplificar a burocracia administrativa.

A “Assurance Maladie” (Segurança Social Francesa) acaba de publicar o guia “Comunicar para todos”, para ajudar seus interlocutores a comunicar com os assegurados.

O objetivo dste guia é erradicar as fobias administrativas que por vezes afetam as pessoas que precisam destes serviços.

“Por que simplificar quando se pode complicar ?” Quem não pensou nesta frase ao lidar com trâmites admnistrativas, ainda mais as públicas ?

Embora muitos franceses tenham aprendido inglês, poucos aprenderam a logorréia burocrática. De acordo com uma pesquisa da empresa Occurrence, 41% dos franceses admitem ser regularmente confrontados com textos de orgãos públicos, cujo significado não entendem.

Estes resultados motivaram a criação do “Comunicar para todos – Guia de informação acessível” pelos serviços de segurança social na França.

Destinado a todos os seus comunicadores internos e parceiros, este suporte de 109 páginas tem o objetivo de incentivar os funcionários a mudar sua forma de escrever, apoiando-se no trabalho de Cécile Allaire, a especialista em alfabetização, e Doutora pela Escola de Saúde Púlica da França: “Communiquer pour tous. Guide pour une information accessible ”.

Como elaborar um documento acessível a todos?

Para Cécile Allaire é preciso:

  • Compreender os princípios linguísticos e editoriais para tornar o vocabulário compreensível.
  • Escolher esquemas visuais eficazes e inteligíveis.
  • Trabalhar no layout e classificar os modos de expressão.
  • Selecionar as plataformas de distribuição certas.

O guia pede que os funcionários “se libertem das barreiras culturais e psicológicas” que os impedem há tantos anos de comunicar de forma diferente.

A justificativa excessiva pesa sobre um texto. Em vez de escrever: “De acordo com a informação fornecida pela sua CAF (Caixa de Segurança Familiar), seus recursos são menores ou iguais ao valor fixo da renda solidária ativa (RSA). Como tal, pode aceder à Saúde Suplementar Solidária “, porque não especificar simplesmente:” De acordo com a informação do seu Fundo de Abono-Família, os seus recursos permitem-lhe candidatar-se ao Plano de Saúde Suplementar Solidária. ”

Outro exemplo de simplificação da linguagem citado por Cécila Allaire é: “Você pediu para se beneficiar do Suplemento Solidário de Saúde para a proteção da sua saúde, e da sua casa. Depois de analisar o seu processo, temos o prazer de informar que os recursos declarados para o seu domicílio permitem que você se beneficie do Suplemento de Saúde Solidariedade durante o período de… ”. Não seria mais óbvio especificar: “Seu pedido de saúde complementar e solidariedade foi aceito. Vai, portanto, beneficiar do Suplemento Saúde Solidário pelo período de um ano, entre … ”.

Para comunicar, tornar algo compreenssível, e ajudar as pessoas, neste caso para entenderem seus direitos, é importante expandir o campo de visão, prestar atenção no que se fala e no que se escreve, e questionar se os que não trabalham conosco sabem do que se trata.

Comunicação é uma boa parte das interações sociais! Pensemos nisso!