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2021

Importância e aplicação da rastreabilidade na cadeia de suprimentos

Crescimento da demanda alimentar exige rastreabilidade para segurança e informação ao consumidor.

Com o crescimento da população mundial a demanda de alimentos tem crescido cada vez mais, justificando a necessidade de produções intensivas que devem ser bem geridas e controladas para evitar fraudes e doenças causadas pela ingestão de alimentos.

Por outro lado, a sociedade e os consumidores finais vêm se preocupando cada vez mais com o que comem e demandam mais informações sobre os alimentos, seja do ponto de vista dos impactos ambientais, econômicos e sociais das atividades produtoras.

“A rastreabilidade conceito que surgiu devido à necessidade de saber em que local é que um produto se encontra na cadeia logística, representa a capacidade de traçar o caminho da história, aplicação, uso e localização de uma mercadoria individual ou de um conjunto de características de mercadorias, através da impressão de números de identificação. Ou seja a habilidade de se poder saber através de um código numérico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens.”(JURAN, J.M.; GRYNA Jr., F.M. 1970)

Os sistemas de rastreabilidade de alimentos são essenciais para manter a segurança alimentar em todos os estágios pelos quais os alimentos passam. Se um alerta for detectado, eles podem nos orientar para encontrar a origem do problema ou da fraude.

Principais objetivos que pretendemos alcançar por meio da rastreabilidade dos alimentos:

  • Fornecer informações precisas ao consumidor;
  • Garantir a qualidade do produto (funciona como um sistema de controle de qualidade);
  • Testar e justificar a retirada de um alimento do mercado.

Na prática, os sistemas de rastreabilidade permitem detectar os locais onde ocorreu uma contaminação. Por exemplo, se alguns bifes causaram a intoxicação dos clientes do restaurante: o problema era com aquele lote de carne e deveria ser ordenado que fosse removido? Houve algum problema com a preservação desta carne? Ou era a comida que os animais comiam originalmente que estava contaminada? O sistema de rastreabilidade terá a informação que facilitará a resposta a estas e outras questões: bastará analisá-la com o rigor do detetive.

Elementos que identificam os produtos e garantem sua rastreabilidade:

A identificação dos alimentos em cada etapa é fundamental para o controle de sua rastreabilidade. Vários métodos facilitam essa tarefa, entre os quais o sistema de código de barras e a tecnologia RFID(radio frequency identification).
A maioria dos produtos são identificados na rotulagem, onde aparece um código de barras básico que deve estar de acordo com os padrões internacionais de rastreabilidade de alimentos. Muitas empresas também estão optando por usar a tecnologia RFID por causa de suas vantagens.

Em em alguns produtos os selos de segurança desempenham um papel fundamental,em função da versatilidade, e por permitir a transferência eficiente da informação relativa ao alimento em causa e garantir ausência de fraude.

A aplicação de um sistema de rastreabilidade de alimentos beneficia todas as partes interessadas: o consumidor final é devidamente informado, as empresas são mais produtivas (têm menos falhas em seus processos) e, por fim, as autoridades de saúde são capazes de gerenciar com mais eficácia os incidentes que possam surgir.

Saiba mais

Para a saber mais sobre “Rastreabilidade e Análise da Cadeia de Suprimentos” e participe do Verakis Conecta do dia 28/04/2021 às 12h00 (Horário de Brasília) / 16h00 (PT).

A aula será ministrada pela Profa. Dra. Filipa de Melo Vasconcelos, formada em Tecnologia das Indústrias Agro-Alimentares e em Gestão; Pós-Graduada em Viticultura & Enologia e Pós-Graduada em Gestão da Qualidade e da Segurança Alimentar; Perita em Missões e Peer Reviews da Comissão Europeia no Reino Unido e Holanda assim como na Bulgária, Hungria, Eslovénia, Croácia e Antiga República da Macedónia. No IVV-Instituto da Vinha e do Vinho (1995-2006) chefiou a Fiscalização do Sector Vitivinícola. Na ASAE (desde 2006) é Subinspectora-Geral da área Técnica desde 2015. Foi coordenadora do Núcleo de Estudos e Planeamento da Área Alimentar (NEPAA/GTP); Chefe do Gabinete de Inspecção e Assuntos Internos (GIAI), e Inspectora-Chefe da Delegação de Santarém.
É também representante de Portugal nas plataformas da EFSA: Focal Point network, Advisory Forum e Communication Expert Network.

Escrito por Renata Lênnen – aluna da UFMT, estagiária Verakis, Embaixadora líder do Verakis Conecta.