A inovação aberta é um paradigma e estratégia que permite que as organizações saim da sua zona de conforto, ao projetar e desenvolver alguns de seus projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
De acordo com essa estratégia e combinando adequadamente o conhecimento externo e interno e suas próprias capacidades, as organizações estão sistematicamente abertas a compartilhar idéias com agentes colaboradores de diferentes naturezas. Essa cooperação colaborativa melhora os resultados de projetos compartilhados.
Das “periferias fechadas” ao “paradigma interconectado”, a inovação aberta inclui diferentes dimensões; há, entre outros, um movimento “de fora para dentro”, segundo o qual fontes externas de inovação são usadas para melhorar os avanços tecnológicos atuais.
Portanto, em um ambiente complexo de inovação aberta, as organizações devem combinar a transferência de conhecimento em ambas as direções para gerar valor máximo com base em suas capacidades tecnológicas ou outras competências.
Procurando na ciência o caminho para o desafio do novo coronavírus, as melhores mentes do mundo estão colaborando longe de qualquer segredo.
Não é um projeto estruturado e dirigido por uma cabeça pensante, mas um processo de cooperação que surgiu de forma espontânea dentro da comunidade científica, e que vem se organizando organicamente em uma enorme rede de colaboração que liga milhares de pessoas.
Todos os dias, em média, são compartilhados 200 novos artigos científicos sobre a Covid-19, já existem cerca de 5000 artigos sobre esse assunto, em diferentes áreas.
Cientistas que trabalham na área de estatística e matemática desenvolveram modelos capazes de reproduzir a dinâmica das internações hospitalares e prever os resultados de diferentes opções de mitigação e os diferentes riscos, além de aproximar o percentual de imunização na população.
É o compromisso com a ciência aberta, na qual todos compartilham seus dados, resultados e artigos.
O valor da ciência aberta nunca foi revelado como tem sido atualmente.
Outros desafios técnico-científicos podem seguir o mesmo caminho.
Alberto Berga Monge – Madrid, 29 de abril de 2020
O Prof. Dr. Alberto Berga Monge, é médico veterinário espanhol, professor e colaborador Verakis, professor colaborador da Universidade de Zaragoza, auditor da União Europeia e diretor da AMB Consulting, e vai ser um dos correspondentes Verakis para acompanhar a evolução do setor dos alimentos durante o confinamento europeu.
Foto: geralt (Pixabay)