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2022

Tendências do setor agroalimentar

Evolução da alimentação enfoca saúde e bem-estar mental, inovação, qualidade e comunidade no setor agroalimentar em 2022.

As tendências do setor agroalimentar têm sido significativas ao longo do ano. Passeando pela história, podemos notar que no século 18, existia o exagero da comida. As mesas fartas eram comuns naquela época. Já no século 19 ficaram marcados respectivamente pelo cuidado redobrado da limpeza, segurança e padronização dos alimentos devido ao período pós-guerra. E no início do século 20, houve uma maior preocupação com a saúde, e começou um consumo maior de vitaminas elaborada em laboratório (GRAZINI DOS SANTOS & PECHLIVANIS, 2018).

A busca pela saúde continuou no século 21, porém de uma forma mais
natural, sendo a alimentação associada à saudabilidade e ao prazer. E atualmente a pandemia interferiu na alimentação da população, tanto brasileira, como
europeia, devido à maior conscientização do alimento como fator importante para a manutenção da saúde.

A pandemia de Covid-19 apressou exponencialmente as tendências de inovação que eram
previstas na próxima década. Segundo relatório da Mintel – Food and Drink Trends de 2021 (Para baixar o relatório acesse: https://www.mintel.com/global-food-and-drink-trends), é esperado que as empresas criem produtos com soluções de bem-estar mental e emocional, modelando um novo estilo de alimentação saudável.

Principais tendências do setor agroalimentar para 2022

Alimentar a mente: Os consumidores começaram dar atenção à saúde mental e emocional, por isso buscam produtos e serviços alimentares que promovam benefícios à saúde, como por exemplo as formulações funcionais, que auxiliam no alívio de problemas emocionais.

Os produtos com esse objetivo já são vistos no comércio, tal como: tempero funcional que tem o intuito de ser uma mistura calmante, por conta da formulação conter ceilão, canela, cacau e ashwagandha (Mintel GNPD, 2021).

Qualidade redefinida: Com o ritmo acelerado da população, a praticidade é um tópico que sempre foi tratado como uma das grandes transformações no setor de alimentos e muitas vezes sendo associado com o termo “fast foods”, porém nos últimos anos também tem se ligado ao valor do produto.

Os consumidores estão buscando o essencial, o consumo mínimo e o melhor
aproveitamento de suas compras, atrelado a economia de tempo. As marcas serão desafiadas a investir em tecnologia para serem inseridas no comércio eletrônico, ser mais transparente em relação à formulação dos produtos, seus processos e as pessoas envolvidas.

Nesse caso a praticidade não anda sozinha, pois os consumidores estão mais conscientes em relação ao aspecto nutricional, ambiental e social. Por isso, a qualidade que o produto proporciona será um aspecto importante para a decisão de compra.

União pela comida: Nos últimos anos a necessidade de conexão entre as pessoas aumentou. Por isso, a importância de uma comunidade irá refluir no consumidor dos produtos alimentícios. As marcas irão investir em campanhas que tenham os interesses e paixões dos consumidores, assim criando uma identidade para certos grupos que poderão se reunir e expandir o círculo social. Um exemplo foi a iniciativa de 2020 da redes Walmart e Nextdoor, que elaboram um programa “Neighbors Helping Neighbors” (“Vizinhos ajudando vizinhos”), com o intuito de incentivar as pessoas a auxiliarem as pessoas próximos com as compras de comida e produtos, durante a pandemia da Covid-19 (Fonte: corporate.walmart.com).

É possível notar, que o alimento e a bebida deixaram de ter somente a função de nutrir, e
passou a atuar também como um meio de socialização, experiências e sensações, que podem ser vivenciadas individualmente ou em grupo.

Autora:

Renata Lênnen, Embaixadora Líder Verakis Conecta, Graduanda de Ciência e Tecnologia de Alimentos – UFMT.