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2023

Guia indispensável para quem comunica sobre ciência

Conheça os diferentes tipos de artigos científicos e evite desinformação ao comunicar ciência.

A famosa frase que todo principiante nos meios de pesquisa ouve, deve ser também dita aos comunicadores : « antes de iniciar qualquer trabalho de pesquisa, leitura ou redação científica, é útil conhecer os diferentes tipos de artigos científicos. »

Confundir os tipos de texto, funções e grau de legitimidade do que se encontra numa revista científica, é um erro grave.

Grave pois quem usa o texto que se encontra numa revista científica como fonte de informação deve saber o que usa como fonte de informação, especialmente para não falar besteira, nem popularizar ciência de forma errônea.

Existem diferentes tipos e tipologias de textos numa revista científica e cada um exerce uma função específica dentro do que chamamos comunicação pelos pares.

Seguem alguns exemplos :

  • o artigo de pesquisa;
  • o artigo de resumo;
  • a nota de pesquisa;
  • a carta ao editor;
  • revisão sistemática;
  • metanálise;
  • o caso clínico.

O que tem dentro de uma revista ou site científico não quer dizer a mesma coisa e nem sempre tem a legitimidade que por vezes meios de comunicação grande público veiculam.

Que não se pode clamar um resultado científico como uma verdade absoluta é básico do básico quando se escreve sobre ciência ou no jargão, se populariza ciência, ou se divulga ciência.

Ciência é uma sucessão de fatos passageiros. Justamente por que é cerne do conhecimento humano baseado em métodos específicos e que sempre que se dá um passo os pontos de vista mudam. Mas a lógica mercadológica dos meios de comunicação, as características dos consumidores de informação podem não permitir que se fale de ciência de outra maneira, blá, blá, blá…

Mas citar um editorial, ou carta ao editor, ou nota de pesquisa, por exemplo, como um resultado é fazer um trabalho de informação incompetente ou interessado.

Segue uma série de posts, um micro guia, para você, comunicador, não vender mais “gato por lebre” e “separar o joio do trigo”, para contribuir adequadamente com a ciência e informar adequadamente a população.

Imagem: PIRO4D