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2020

CORONAVÍRUS: CONFIANÇA E DESEMPENHO DE EQUIPES VIRTUAIS

Gestão de equipes virtuais: confiança, diversidade e processos socioemocionais são chaves para desempenho eficaz.

Construir e manter a confiança das equipes virtuais e sua evolução ao longo do tempo são aspectos a serem considerados e que preocupam os gerentes. Dessa forma, as equipes nas quais a confiança é baixa são menos capazes de enfrentar incertezas, vulnerabilidades e expectativas incompatíveis. Construir confiança dentro de uma equipe de pessoas que trabalham em distâncias, fusos horários, culturas e disciplinas profissionais é um desafio que um número crescente de líderes organizacionais está enfrentando.

Uma organização não pode simplesmente criar uma equipe dispersa com os melhores talentos e esperar pelo melhor; Também é necessário garantir que o grupo possua os processos socioemocionais e relacionados à tarefa, somente assim será possível aproveitar ao máximo sua diversidade cultural e estrutural, evitando assim algumas das desvantagens da dispersão e colhendo seus benefícios.

O estudo “Como liderar equipes virtuais” do M.I.T., descobriu que os principais fatores de desempenho são certos processos vitais da equipe que ajudam a coordenar o trabalho e facilitar a comunicação entre os membros. Em geral, os processos da equipe podem ser classificados em duas categorias: relacionada à tarefa e socioemocional.

Os processos diretamente relacionados à tarefa (incluindo aqueles que ajudam a garantir que todos os membros estejam totalmente envolvidos) são mais cruciais para o desempenho de equipes dispersas. As equipes virtuais que possuem processos que melhoraram os graus de apoio mútuo, esforço dos membros e coordenação do trabalho excedem em muito as equipes cara a cara.

As diferenças interpessoais são uma ameaça à estabilidade das equipes virtuais devido à maior dificuldade na resolução de conflitos. A organização deve garantir que os membros da equipe se sintam comprometidos com as metas globais, identificadas com o grupo. Sendo assim, o aumento da coesão, identificação e comunicação informal podem evitar o que os conflitos interpessoais atrapalhem o andamento das atividades ou projetos.

Alberto Berga Monge – Madrid, 23 de abril de 2020

O Prof. Dr. Alberto Berga Monge, é médico veterinário espanhol, professor e colaborador Verakis, professor colaborador da Universidade de Zaragoza, auditor da União Europeia e diretor da AMB Consulting, e vai ser um dos correspondentes Verakis para acompanhar a evolução do setor dos alimentos durante o confinamento europeu.

Foto by Markus Spiske on Unsplash