A cadeia de valor agroalimentar encontra-se em processo de transformação; fruto da inovação e da nova tipologia de consumidores. Esse processo dá origem a um novo ecossistema de negócios, a Food Tech. Um conceito que engloba todos aqueles agentes que aplicam tecnologia à cadeia de valor, desde a produção até o consumo final.
As tecnologias aplicadas vão desde as mais tradicionais como TICs até aquelas como biotecnologia, robótica, blockchain, inteligência artificial ou big data, entre outras.
É necessário um ambiente forte para realmente transformar a cadeia de valor envolvendo todos os agentes. Isso foi demonstrado pela Holanda, Estados Unidos, Singapura e Israel, que, que se comprometeram com a inovação, e estão na vanguarda do processo, como as grandes potências da Food Tech.
Na Europa, em 2019, o investimento em Food Tech ascendeu a 2,3 mil milhões de euros, registando um crescimento de 106% face a 2018, com o Reino Unido, França e Espanha a liderarem a angariação de fundos.
No âmbito global, o investimento, segundo vários analistas, atingiu os 19,8 mil milhões de dólares.
No caso da Espanha, confrme as fontes citadas abaixo, foram localizadas diferentes cadeias de valor:
- Agritech com 17% das empresas, com destaque para sistemas de automação de cultivos, software e hardware para agricultura.
- Transformação de FoodTech com 39% das empresas, com destaque para novos produtos com novos ingredientes, novas fontes de ingredientes à base de plantas, fermentação e insetos, além de tecnologia aplicada à melhoria de processos.
- Logística, distribuição e varejo, que representam 29% das empresas, com destaque para os novos canais de vendas, rotulagem inteligente.
- Restaurante de tecnologia que responde por 15% das 400 empresas do setor que se concentra principalmente em plataformas de gestão, robôs de cozinha, “delivery” e “dark kitchens”.
Devemos destacar os modelos “direto ao consumidor” cujo crescimento disparou durante a pandemia seguido pela inovação de produtos.
A mudança de paradigma na indústria de alimentos, com o desenvolvimento da Food Tech, abre um cenário internacional em que os setores público e privado buscam sinergias.
Alberto Berga Monge – Madrid, 25 de maio de 2022.
O Prof. Dr. Alberto Berga Monge é médico veterinário espanhol, professor e colaborador Verakis, professor colaborador da Universidade de Zaragoza, auditor da União Europeia e diretor da AMB Consulting, e escreve para o blog da Verakis.
Fontes:
https://www.icex.es/icex/wcm/idc/groups/public/documents/documento_anexo/mdiy/odk5/
~edisp/dax2022899239.pdf
https://www.icex.es/icex/wcm/idc/groups/public/documents/documento_anexo/mdiy/otax/~
edisp/dax2022901339.pdf
https://www.foodswinesfromspain.com/spanishfoodwine/wcm/idc/groups/public/documents
/documento_anexo/mdiy/otax/~edisp/dax2022901409.pdf
Imagem: