A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) publicou seu relatório anual sobre a vigilância europeia do consumo de antimicrobianos veterinários, mostrando que os países europeus reduziram substancialmente o uso de antimicrobianos em animais.
Segundo dados dos 25 países que forneceram informações para todo o período 2011-2020, as vendas globais de antimicrobianos caíram 43% nesse período.
A queda de dez anos nas vendas de antimicrobianos para uso em animais indica que as iniciativas políticas da União Europeia, combinadas com políticas e orientações nacionais que promovem o uso prudente, estão tendo um efeito positivo.
Os esforços de uso responsável de antibióticos se estendem não apenas às quantidades usadas para a saúde animal, mas também às classes de antibióticos utilizadas. O relatório confirma a diminuição de antibióticos veterinários considerados de importância médica: 32,8% para cefalosporinas de terceira e quarta geração, 76,5% para polimixinas, 12,8% para fluoroquinolonas e 85,4% para outras quinolonas.
Essas classes incluem antimicrobianos para uso em infecções humanas graves causadas por bactérias resistentes à maioria dos outros tratamentos antimicrobianos. Em animais, devem ser usados com restrições para preservar sua eficácia e mitigar o risco à saúde pública.
Esse é o resultado, como não poderia ser de outra forma, de uma década de esforços para aumentar a prevenção de doenças e melhorar a saúde animal por meio de melhores práticas de higiene, medidas de biossegurança, uso de vacinas e nutrição.
Precisamos saber mais, precisamos entender por que eles são usados, para quais infecções são necessários, isso ajudará a entender melhor quais intervenções podem ser feitas para reduzir ainda mais a necessidade de uso de antibióticos em animais.
UMA ABORDAGEM DE UMA SAÚDE.
ONE HEALTH.
Alberto Berga Monge – Madrid, 05 de outubro de 2022.
Imagem: Myriams-Fotos