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2021

Certificação de alimentos : um diferencial no mercado

Certificação de alimentos garante segurança e qualidade, sendo crucial no mercado para a confiança do consumidor.

Com o avanço das tecnologias e pesquisas nas áreas de alimentos, o consumidor final se depara com inúmeras opções nas gôndolas do mercado, bancas de ruas, restaurantes e outros estabelecimentos que comercializam produtos alimentícios, muitas vezes as informações são confusas, o que faz com que o consumidor se sinta desconfiado.

Diante disso, fez-se necessário implementações de regras e certificações, que viesse assegurar tanto os fabricantes como os consumidores, garantindo a confiança de ambas as partes.

O conceito de certificação está relacionado com a definição de características de produto ou serviço e garantia de que estes estão de acordo com normas vigentes pré-definidas.

Sendo assim, a Certificação de Produtos, pode ajudar na segurança, qualidade e credibilidade dos produtos alimentícios comercializados nos diversos estabelecimentos.

As falhas mais encontradas no setor de alimentos e bebidas, são: embalagens em discordância com a legislação, qualidade do produto divergente da indicada no rótulo e conteúdo inferior ao que está no rótulo.

Por isso ter a Certificação de Produtos, está se tornando cada vez mais exigida no mercado, por que além do produto estar de acordo com as legislações vigentes, é garantido um diferencial de produção e qualidade. Isso faz com que a empresa com algum selo no produto, tenha uma vantagem competitiva em relação aos outros, pois o consumidor se sentirá mais seguro ao adquirir o produto desejado.

As certificações de produtos mais conhecidas na França e outras regiões da Europa são:

Denominação de Origem Protegida (DOP) e Denominação de Origem Controlada (DOC)

A AOC existe desde de 1905, e a AOP é seu equivalente europeu desde de 1992.

A Denominação de Origem Protegida (DOP) designa um produto em que todas as etapas de produção são realizadas de acordo com um know-how reconhecido na mesma área geográfica, o que confere ao produto as suas características. É um selo europeu que protege o nome do produto em toda a União Europeia.

A Denominação de Origem Controlada (DOC) designa produtos que atendem aos critérios do DOP e protege o nome em território francês. É um passo em direção ao DOP, agora um signo europeu. Pode também referir-se a produtos não abrangidos pela regulamentação europeia (por exemplo, o caso dos produtos florestais).

É a noção de terroir que forma a base do conceito de Denomincação de Origem.

Um terroir é uma área geográfica particular onde uma produção deriva sua originalidade diretamente das especificidades de sua área de produção. Espaço delimitado no qual uma comunidade humana acumulou saber-fazer de produção coletiva ao longo de sua história, o terroir é baseado em um sistema de interações entre um ambiente físico e biológico e um conjunto de fatores humanos. É aí que reside a originalidade e tipicidade do produto.

  • Indicação Geográfica Protegida (IGP)

Criada em 1992, a Indicação Geográfica Protegida identifica um produto agrícola, em bruto ou processado, cuja qualidade, reputação ou outras características estejam ligadas à sua origem geográfica.

A IGP aplica-se aos setores agrícola, agroalimentar e vitivinícola.

A IGP está ligada ao know-how; não é criada, ela define uma produção existente e, portanto, concede-lhe proteção a nível nacional, mas também internacional.

  • Label Rouge

O selo do Label Rouge, existe desde 1960, e sua função é comprovar a qualidade e sabor superior dos produtos, por meio de análise sensorial e testes dos produtos.

Saiba mais

Para saber mais sobre Certificação de Produtos, quais são e qual a sua importância para o setor de alimentos e bebidas, inscreva-se na palestra do Verakis Conecta, sobre Certificação e regime de qualidade dos produtos”, será no dia 11/08/2021 às 12h00 (Horário de Brasília) / 16H00 (PT).

A aula será ministrada por Pedro Nabais, formado em Medicina Veterinária, pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa, em 2008. Integrou os quadros da ASAE em 2010, na carreira de técnico superior no então Gabinete Técnico – Pericial da ASAE, Em outubro de 2013 passou a integrar a Divisão de Riscos Alimentares da ASAE, onde exerce actualmente as funções de Chefe de Divisão, desde Maio de 2017.

Escrito por Renata Lênnen – aluna da UFMT, estagiária Verakis, Embaixadora líder do Verakis Conecta.