Esse conceito introduzido em 2005 por Christopher P. Wild, epidemiologista molecular e diretor da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer dos Estados Unidos, refere-se a todas aquelas exposições ambientais a que o ser humano está sujeito desde a concepção.
Ela surge como uma nova estratégia para evidenciar os fatores de risco das doenças geradas pelo meio ambiente, ou seja, aquelas que não são genéticas, para as quais requer inúmeras medidas baseadas em diferentes tecnologias, assim como um grande desafio estatístico.
A consideração desses dados é uma forma de melhorar a situação da tomada de decisão clínica e também da pesquisa biomédica em um ambiente de medicina de precisão.
Assim, juntamente com o genótipo e o fenótipo, surge o exótipo que representaria o conjunto de exposições acumuladas por um indivíduo no espaço e no tempo, conseqüentemente interagindo com o genótipo.
Determinar, com o conhecimento atual possivelmente incompleto, o exótipo do SARS-CoV-2 parece uma tarefa difícil, embora alguma aproximação possa ser feita sobre como a influência externa afeta a saúde, como nos lembra o artigo revisado por Martín-Sánchez et al.
Fatores ambientais, como temperatura e umidade, desempenham um papel importante na transmissão, assim como diversos fatores ecológicos, e comportamentos em saúde, estão associados ao seu índice de letalidade, como ocorre com a exposição a partículas poluentes.
A defesa imunológica é favorecida pela radiação ultravioleta e a conseqüente formação de vitamina D.
Fatores como tabagismo e poluição sonora também têm sido relacionados à Covid-19.
Fatores sociais, culturais e comportamentais também desempenham um papel importante, uma vez que a maioria das infecções depende de períodos de contato humano.
Pessoas com obesidade apresentam maior atenção especial e maior mortalidade, assim como o consumo de certos alimentos influencia os neurotransmissores cerebrais, afetando o humor e, por sua vez, a necessidade de comer mais.
Os métodos modernos de análise digital de saúde permitem aos autores representar os dados do exótipo por meio de arquétipos de acordo com os modelos de organização ISO-EN.
Alberto Berga Monge – Madrid, 15 de dezembro de 2021.
O Prof. Dr. Alberto Berga Monge é médico veterinário espanhol, professor e colaborador Verakis, professor colaborador da Universidade de Zaragoza, auditor da União Europeia e diretor da AMB Consulting, e escreve para o blog da Verakis.
Fonte: https://informatics.bmj.com/content/bmjhci/28/1/e100371.full.pdf
Imagem: Mimzy
