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2020

DA SEMENTE AO BROTO VERAKIS – Parte 3

Estágio em saúde pública revela que conhecimento nutricional é difundido por todos na comunidade, influenciando comportamento alimentar.

Durante os três meses de estágio em saúde pública, comecei a raciocinar sobre diferentes aspectos da difusão das ciências da nutrição:

a) O conhecimento sobre nutrição é assunto de todos:

Agentes comunitários, padres nas paroquiais, assistentes sociais, diretores de creches ou cozinheiras, pais ou qualquer outro membro das favelas. Todos, em virtude da sua atividade diária, possuem algum conhecimento sobre nutrição, embora não possuam nenhum conhecimento associado à formação científica anterior.

Como Andrien e Beghin (1993: 123) explicam muito bem,

“Existe uma comunicação espontânea da população em torno de temas relacionados à alimentação e nutrição. As pessoas sempre falam sobre nutrição. “

Uma das razões dessa comunicação espontânea é a própria importância da alimentação e nutrição na vida humana.

A nutrição é vital e a alimentação também. O ato de comer faz parte do instinto de sobrevivência, pelo menos durante as primeiras horas, semanas e até meses de vida.

A alimentação é posteriormente determinada por influências internas ou externas: influências sociais, econômicas, culturais, religiosas, intelectuais e emocionais dos indivíduos. É também seu reflexo.

A alimentação ocupa uma uma parte muito importante da vida humana, então, de alguma forma, em algum momento, todos são “forçados” a ter “experiências alimentares”.

A alimentação também está intimamente ligada às sensações físicas e sintomas patológicos aos quais é difícil ser indiferente ou adotar uma posição “neutra” em relação a eles.

Desde tenra idade, a fome, a ingestão de alimentos, a digestão, a formação de fezes, a defecação ou regurgitação manifestam inconscientemente a relação entre os alimentos e o corpo.

Com o passar do tempo, com a disseminação do conhecimento sobre a relação entre a alimentação e a saúde ou doença, as sensações desagradáveis ​​decorrentes da alimentação nos levam à dietética.

O conhecimento científico não é necessário para estabelecer uma relação entre tal e tal alimento, por exemplo, constipação, ou entre tal outro alimento e arrotos ou digestão difícil, etc.

Juliana T. Grazini dos Santos – Doutora em Informação e Comunicação, Nutricionista, Idealizadora da Verakis.

Fonte: Trechos da introdução à minha tese de doutorado: “A ciência da nutrição difundida para o público em geral na França e no Brasil – O caso da alimentação materno-infantil. Tese orientada por Baudouin JURDANT

Imagem: Mintr