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2020

Biodiversidade – Eu como, logo existo

"Biodiversidade alimentar e seu impacto, explorados no 'Musée de l’Homme'. Samuel Rebulard destaca ecossistemas e espécies."

“Nascido em 1986, o termo designa as diferentes dimensões da diversidade dos seres vivos. A biodiversidade é geralmente descrita em três escalas, da maior à menor: a diversidade dos ecossistemas, a diversidade das espécies e a diversidade interindividual (essencialmente diversidade genética). Os alimentos têm ligações múltiplas e estreitas com a biodiversidade.

Em primeiro lugar, o próprio alimento provém de diversas plantas e animais, resultantes da antiga domesticação de organismos silvestres, formando o conjunto formando a “agrobiodiversidade”. A tendência disso foi a diminuir com a industrialização e globalização dos alimentos no século XX. Apenas três espécies (arroz, trigo e milho) fornecem 60% da energia alimentar da humanidade e quatro delas cobrem 96% da produção global de alimentos (em massa). Por outro lado, estima-se que 5.000 a 10.000 espécies comestíveis de plantass são ou foram consumidas por humanos.

Nas comunidades agrícolas ocidentais, a biodiversidade é muitas vezes percebida negativamente, como uma fonte de bioagressão (pragas, ervas daninhas, doenças, etc.). Porém muitas espécies presentes podem fornecer serviços úteis para a agricultura: abelhas selvagens (polinização), minhocas (fertilidade do solo), morcegos e pássaros insetívoros (regulação de lagartas), joaninhas, crisálidas … No entanto, estes organismos auxiliares não podem estar presentes se o a propriedade agrícola não tiver seguro.

Amplamente, muitos espaços naturais, principalmente em áreas tropicais, são destruídos para a produção de alimentos. É o caso particular das florestas da Amazônia (principalmente para o cultivo de soja), Indonésia e Malásia (para o cultivo de palma, principalmente), mas também em um ritmo maior, os manguezais (florestas costeiras tropicais) para a produção de camarão.”

Sammuel Rebulard – Pequeno dicionário curioso da alimentação, página 40.

Interessante ler sobre biodiversidade apresentada de forma simples!

Eu como, logo existo

« Eu como, logo existo », é a grande exposição do Musée de l’Homme (Museu do Homem) em Paris, dedicada à alimentação, e que acaba no 31 de agosto de 2020.

A Verakis foi, conferiu, e nesta última semana estival na França, semana de férias para a nossa equipe na Europa, vai compartilhar algumas definições, escolhidas especialmente para nosso seguidores, do « Petit dictionnaire curieux de l’alimentation » (Pequeneo dicionário curioso da alimentação).

O intuito é compartilhar um pouco da visão multifocal do Museu do Homem e sua equipe de pesquisadores, que é também como a Verakis enxerga a alimentação.

Outro objetivo destes « posts » é compartilhar textos, e nomes de pesquisadores que saem do « denominador » comum dos comentários e citações mais popularizados.

Quem é Samuel Rebulard

Samuel Rebulard é engenheiro agrônomo, professor de ecologia, botânica e agronomia na Universidade Paris-Saclay. Ele é co-responsável pela preparação para a agregação em ciências da vida, ciências da terra e o universo (Paris-Saclay University, ENS, ENS Paris-Saclay, MNHN).

Foto: image4you