Esta é a questão que foi abordada em um estudo inédito, encomendado pela SNIAA (Sindicato Nacional de Ingredientes Aromáticos para Alimentos na França), e realizado pela OpinionWay.
O objetivo do estudo era entender melhor como os consumidores percebem os aromas e apontar caminhos para se comunicar sobre esses ingredientes.
Dos resultados obtidos pôde-se concluir que os consumidores informados entendem o papel dos aromas em seus produtos do dia-a-dia: para adicionar sabor, para inventar novos sabores ou mesmo para elevar sabores brandos. Também sabem que os aromas permitem compensar a disponibilidade, sobretudo sazonal, de determinadas matérias-primas.
Porém, nem sempre sabem muito bem como são produzidos os aromas, por exemplo aromas que trazem frango assado, legumes grelhados ou mesmo pizza!
A confusão persiste sobre rótulos de produtos com sabor
Os consumidores ficam um pouco confusos quando se deparam com os rótulos dos produtos com sabor, constata o estudo.
O consumidor tem dificuldade para compreender as diferenças entre os termos sabor, gosto, aroma, etc.
No entanto os consumidores têm uma visão muito positiva dos sabores naturais, que para eles retêm a essência do produto do qual são extraídos. Para 77% dos entrevistados, o aroma deve proporcionar um sabor natural.
Contudo, os consumidores não querem se privar de novos sabores, gostos sofisticados, até mesmo sabores sintéticos, especialmente em produtos de prazer.
O aroma, embora muitas vezes percebido como “artificial”
O estudo indica que o aroma não é percebido como uma categoria homogênea; 63% dos entrevistados acham que os sabores são “químicos”, “artificiais” o que nem sempre é verdade.
A participação na produção de sabores naturais (incluindo extratos e óleos essenciais, por exemplo) aumenta ano a ano e supera em muito a dos sabores sintéticos. A SNIAA lembra a este propósito que a denominação “sabor artificial” não consta da regulamentação francesa.
Quando questionados se preferem os sabores naturais de X ou os extratos de X (sendo X a matéria-prima como rosa, limão ou tomilho), os consumidores apreciam os sabores naturais de X tanto quanto (79%) do que os extratos de X (62%).
Esses dois tipos de aromas são percebidos de forma muito positiva pelos consumidores.
Diante desses resultados, o que reter?
“Precisamos de pedagogia, mais pedagogia, sempre pedagogia! »Explica o SNIAA. Como os consumidores querem saber mais sobre os sabores de seus produtos preferidos, a SNIAA está preparando uma campanha de comunicação para responder a essas perguntas.
Fonte: https://www.sniaa.org/article/cp-sniaa-comment-les-consommateurs-percoivent-ils-les-aromes
Imagem: babawawa