06
.
05
.
2021

Mitos sobre alimentos e alimentação não é coisa somente de leigo

Mitos alimentares e preconceitos são discutidos em workshop com especialistas, de 24 a 29 de maio.

O termo mito é frequentemente usado para denotar uma crença que está obviamente errada à primeira vista, mas que pode estar relacionada a elementos concretos expressos simbolicamente e compartilhados por um número significativo de pessoas.

Utilizamos essa expressão quando falamos de crenças antigas relacionadas à alimentação, como o famoso “não se mistura leite com manga”, ou de “sentenças” mais recentes, como “aditivos alimentares causam doenças”, “chá de hibisco emagrece”, “gengibre acelera o metabolismo”.

Estas últimas geradas pela inadequada transmissão de conhecimentos, por vezes incipientes no contexto científico, e que são veiculadas em contextos sociais diversos. Ou então por especialistas mesmo que por ingenuidade pecam quando informam o público leigo. Ou pelo setor privado que atribui virtudes aos seus alimentos para aumentar seu potencial de consumo. Ou pelo próprio leigo que compartilha seus pensamentos e ideias sem muito compromisso com a legitimidade dos mesmos.

No âmbito dos alimentos e da alimentação a propagação de certas informações errôneas ou não, quando descontextualizadas ou mal compreendidas e interpretadas, criam os tais mitos e os preconceitos alimentares.

Alimentos sem glúten, leite sem lactose, batatas fritas sem sal, sucos de frutas com vitaminas extras, dietas para emagrecer em quarta marcha, várias curas e jejuns.

Infelizmente “ estes elementos concretos expressos simbolicamente e compartilhados por um número significativo de pessoas” não dizem respeito somente ao universo dos leigos. No meio acadêmico e científico alguns mitos, por falta de conhecimento da ciência alheia ou mesmo do aprofundamento de certos resultados e métodos aplicados para o alcance de certos resultados, são criados e propagados.

Isso acontece, por exemplo, quando profissionais da saúde abordam a tecnologia e os processo de transformação de alimentos, quando profissionais do setor de tecnologia e transformação de alimentos falam de nutrição ou sociologia, dentre outros.

Os logotipos frontais designados para descrever um alimento de maneira simples para os consumidores são realmente a melhor solução para incentivar o consumo adequado de alimentos?

Que riscos alimentares são reais para os humanos? Um risco alimentar deve ser considerado como ?

Para discutir a tratar os mitos que circulam entre especialistas do setor dos alimentos, Nicole Damon, nutricionista e pesquisadora francesa, e Didier Montet, pesquisador, há mais de 25 anos, no Centro Internacional de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD) na França, participam do II Workshop – Avanços de Controvérsias, de 24 a 29 de maio de 2021.

Nicole Darmon apresenta seu ponto de vista e discute sobre os “Scores de alimentos” : como foram desenvolvidos, quais os erros de interpretação e os riscos para a opulaçao.

Didier Montet fala sobre “ Riscos alimentares” : quais são efetivamente esses riscos, quais erros de interpretação da sociedade, e os mitos criados em torno dos riscos alimentares.

Em seguida eles estarão ao vivo para discutir com os participantes sobre seus pontos de vista. Faça a sua pergunta, comente o seu ponto de vista e discuta com eles.

Reserva a sua vaga e vem com a Verakis pensar num futuro melhor!

E anota na agenda: de 24 a 29 de maio de 2021 na plataforma Verakis-Ensina.

Imagem: geralt